Ladrilhos
Lado a lado a beleza da mata
Verde escura com corais
Olhos negros te sangram e mata
De ladrilhos a caminho do caís.
Devagar, enxergar o horizonte
Que distante se esconde detrás
Da fortuna de um Belo Horizonte
Salvador ou do Rio, tanto faz.
Parar um risco perfeito do ato
De um fato, do salto, é um assalto
Beijar a boca de um aprendiz
Com um lapiz, um giz, me escreva, me diz
Ou cantar a história festiva de um Caetano, de Gal e Elis.
É atuar, cantar, repintar
Transcrever o que quer inventar
É pelejar. é andar, caminhar
Na estrada a intenção é não parar.
Cícero Porto - Ladrilhos